Cultivando Amor-Próprio

Amor-próprio lembra uma acerola: para crescer e frutificar, ele tem que ser bem cuidado, estar em terra boa, com luz, sombra e água agradáveis. Só assim, quando estiver grande e firme, pode resistir às intempéries. Amor-próprio não pode ser forçado, afinal você está lidando com você mesmo. É aprender a gostar de si mesmo, admirar a si mesmo, e querer se melhorar para si continuamente. A diferença do amor-próprio para o egoísmo é que este último tende a prejudicar os outros em benefício, enquanto aquele reconhece seu lugar no mundo e tenta torná-lo mais bonito possível.
Confesso que eu não conheço a árvore de acerola de forma técnica, não sei se ela realmente resiste à imprevistos climáticos ou de solo, mas vamos levar de forma metafórica que não dá prejuízo a ninguém.
Muitas pessoas tendem a colher amor-próprio sem ao menos terem plantado: não adianta cuidar de si mesmo se não gosta de você. O resultado é artificial, falso. Há uma grande diferença entre a pessoa que se cuida por obrigação e que se cuida por amor: a que se cuida por obrigação quer manter uma aparência aceitável para os outros, a que se cuida por amor exala beleza sem se preocupar com a opinião alheia. É algo confuso porque segue os padrões de beleza ao mesmo tempo que foge deles: cuidar do corpo, da pele, do cabelo, da saúde, das gordurinhas, das roupas e até mesmo dos sapatos.
Quando se cultiva o amor-próprio, os gastos começam a surgir de forma natural: uma roupa mais confortável, uma alimentação mais balanceada, sapatos confortáveis, atividade física mais eficaz. Não é a busca desenfreada de algo que preencha um vazio interior, mas uma manifestação da beleza que há dentro de cada um de nós. Nessa hora vemos o estrago causado por nós mesmos ao longo dos anos. Chega a ser algo constrangedor. Em alguns casos, só é possível amenizar essas marcas, mostrando a nossa superação.

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